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Diversidade: chave para o combate da violência contra a mulher

mulheres e diversidade

a diversidade no combate da violência contra a mulher

No mês dedicado à mulher, não poderíamos deixar de falar sobre a violência de gênero, que se revela de forma mais direta sobre a vida das mulheres e meninas. O Brasil é o 5º país que mais mata mulheres, além da violência psicológica, moral e patrimonial.

A vida em sociedade é uma necessidade humana. O gênero, o modo de ser homem ou de ser mulher, é uma forma de enxergar e entender o mundo, construída pela cultura em que estamos inseridos.

Apesar de sabermos que ser homem ou ser mulher está muito além dos limites do corpo, da biologia, a sociedade vai moldando meninos e meninas para agirem em conformidade aos seus padrões de gênero, vai atribuindo características específicas a cada um, conferindo valor a essas características e dividindo o papel social de cada um segundo essas características, culminando, então, em uma relação de poder entre os gêneros.

Essa estrutura é reproduzida pelas pessoas em suas relações pessoais e, com frequência, quando há uma ruptura com as atribuições socialmente esperadas e a realidade se impõe pedindo novas soluções, surge o conflito e se abre caminho para a manifestação da violência.

Este é um fenômeno que exige estudos aprofundados e políticas públicas de prevenção e enfrentamento.

Pacificação

A Mediação tem sido utilizada em grupos de trabalho com homens e mulheres, numa tentativa bem-sucedida de oferecer uma intervenção pacificadora e construtiva, capaz de promover reflexão e transformação, favorecendo novas formas de comunicação.

Com a ajuda de um terceiro, o mediador, é possível desconstruir o modelo cultural patriarcal, que ensina a se impor e a se submeter, e construir outro modelo de atuação que considere importantes todos os envolvidos, que equipare poderes e promova o protagonismo.

O ponto de partida é sempre a diversidade: de que lugar e perspectivas internas estou percebendo uma situação. Quando nos sentimos escutados, compreendidos naquilo que é importante para nós, podemos ampliar as alternativas de conduta em situações de conflito. Podemos falar de um lugar de discordância, levando em consideração a nossa humanidade compartilhada.  Há humanidade em todos.